segunda-feira, 31 de agosto de 2009

diálogo e imagens 25.08.09

As fotos expostas na sala registro singular de um povo, uma comunidade e suas dificuldades
costumes,cotidiano.Quando olhei a 1ª vez achei muito sofrida a vida daquelas pessoas.
Quando lhei novamente entendi que era a vida vivida por elas e que talvez aquelas pessoas
fossem felizes ali daquele jeito.E si mudacem não iriam gostar.
O que achei mais interessante é que as gerações seguintes seguem a mesma vida.
Sem perspectivas ? ou vivem ali por que querem estar ali naquele mesmo lugar.

Um comentário:

  1. LEITURA DE IMAGENS

    As imagens expostas na sala Iguape, me trouxeram lembranças de 40 anos atrás
    Como escrever lembranças das histórias de vida das cortadeiras de quiabo nos terreiros das taperas, que, com suas canções misturavam-se as cortadeiras de cana, as quebradeiras de cocos, as lavadeiras do rio, as raspadeiras de mandioca, as torradeiras de farinha. Histórias de mulheres que foram tiradas das escolas pelo pai, para não aprender escrever cartas de amor. Histórias do pilão que para fazer o fubá e o azeite de dendê precisa de três mãos. Parece até uma comunidade só de mulheres! E onde estão os homens? Na roça! Preparando a terra para plantar, batata, mandioca, milho e feijão.
    Daí eu pergunto: Porque as histórias desse povo que deram sentido a tantas vidas, são retratadas e vistas como de um povo sofredor, triste, miserável e sem cor? É um povo que vive hoje, o dia de hoje, e amanhã, o dia de amanhã! É um povo que partilha do pão a canção. São felizes! Pois, onde nascem e crescem suas raízes fortalecem.
    A aparência de um povo magro, e com expressão cansada, jamais pode ser compreendida, ou associada à tristeza, miséria ou infelicidade.
    É um povo que trabalha a ponto de esgotar-se fisicamente, mais depois de tomar seus chás, estão prontos para trabalhar, cantar, dançar e cansar-se novamente.
    É um povo que vivia alegre e contente. Sem tecnologia, agrotóxicos, conservantes, e pouco ficavam doentes! Mas quando ficavam, procuravam a benzedeira, e logo se curavam com as misturas de folhas, raízes e sementes.
    Posso falar um pouco de todas as imagens expostas no mural, menos a do pescador de rede, pois a minha pescaria era feita de cesto e anzol!
    Posso falar também de esperança, pois mudei, depois de tantas mudanças.
    (ta aí, um pouco do que vi, e do que vivi).

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