
A partir do contato com o mundo, com as pessoas, Kaspar Hauser passa a desenvolver a linguagem. Mas a difícil tarefa para ele, era aceitar que a sua linguagem não coincidia com a linguagem que o mundo esperava dele, tendo que se deparar com a não aceitação das pessoas. Será que no filme os personagens se interessaram realmente por Kaspar Houser ou pela história/enigma que estava por trás dele? Aprender palavras e frases que tivessem sentido para ele, tendo passado tanto tempo privado do convívio social, necessitava um pouco mais de tempo. Fazendo uma analogia com crianças que apresentam distúrbios de aprendizagem, e “o tempo delas” e como é difícil aceitar o tempo do outro sem preconceitos e sem criar rótulos, não é tão prático quanto se imagina. Para Kaspar a experiência foi tão dura, a ponto dele ter que confessar a saudade que sentia do porão em que viveu até seus dezessete anos. Para mim essa questão continua sendo um enigma, como respeitar o tempo do outro?O que um educador pode fazer para ajudar seu aluno a construir seu mundo dentro do seu próprio tempo?
O Enigma de Kaspar Hauser
ResponderExcluirReflexão sobre a prática docente
Este filme me fez refletir profundamente sobre a prática docente. É fundamental no papel de educador o estímulo do aprender. Aprender a aprender, alcançar objetivos sem perceber a ansiedade e colaborar com a educação de forma ascendente. Kaspar Hauser mostrou que o aprendizado é inacabado, um dos motivos que nos leva a desenvolver uma paixão em descobrir o desconhecido. Uma realidade tão presente ofuscada na máscara do sistema. A cada imagem uma viagem imagética do meu interior. Segundo Mattos e Neira (2002, p.21), “a conscientização não é apenas tomar conhecimento da realidade. A tomada de consciência significa a passagem da imersão na realidade para um distanciamento desta realidade”. Alguns aspectos sociais influenciam muito no processo de aprendizagem, uma vez que sem uma estrutura de educação domiciliar ocorre o descaso com o conhecimento, pois Hause tem a oportunidade de conviver com pessoas que estimularam sua consciência e foram sensíveis com ele ajudando-o no seu desenvolvimento. Com isso, aproveito este momento para ressalvar sobre muitos valores, tais como; respeito, cooperação, cidadania, socialização, igualdade, compreensão entre outros.
Como é importante respeitar e aceitar o outro exatamente como ele é, sem necessidade de implorar personalidade.
“Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender.”
Paulo Freire