
"O enigma de Kaspar Hauser" induz-nos a refletir sobre uma série de temas tangentes à educação. Somos levados a refletir sobre nossas instituições de ensino, nossas práxis, nossos alunos, as reais necessidades da sociedade no qual se inserem nossas escolas. Kaspar pode muito bem ser aquele menino da periferia que vai à escola sem o café da manhã, aquele menino da periferia com dislexia, aquele menino da periferia que teve o pai morto num assalto, aquele menino filho de desempregados, filho de prostituta, de drogados, de pobres... São muitos os estranhos personagens pelas escolas desse país, incompreendidos, feridos, maltratados...
Se me permite Elissandro, na escola particular também existem "Kaspar Hauser", digo isso com base na minha vivência com estes alunos.
ResponderExcluirFilhos de pais totalmente envolvidos com o trabalho, onde entregam a escola a responsábilidade da educação dos mesmos.
Portanto o quadro é sempre de alunos que pedem por amor, carinho e atenção, e seus pais, nos lugar desses sentimentos, lhes compram "presentes" na certeza de suprirem a falta destes sentimentos.
Kaspas Hauser, teve sua capacidade de interpretação do mundo violentada, tudo por que fugia ao tradicional, e isso é o que vem acontecendo com nossas crianças, adolescentes e jovens do nosso pais.
Obrigada pela permissão, ( rss).
Querida Ana, em meu ato de escrita só externei parte de uma parafernália. O sistema é amplo e, concordo contigo, na rede privada também há sim muitos e muitos personagens estranhos como Kaspar.
ResponderExcluirÉ que, às vezes, qd tecemos ponderações sobre algo, o fazemos parcialmente. O bom é que outros sujeitos, vc, por exemplo, aparecem e enriquecem ainda mais com outras falas.